Sente que poderia reestabelecer a sua saúde, mas para isso teria, não só de sair do seu ambiente natural, como também de ter um apoio próximo — e não sabe bem como o fazer.

Disseram-lhe que a sua criança está deprimida e que só há um caminho: o gabinete clínico.

Sente que agora já não tem amigos, e que até as conversas mais simples desapareceram da sua vida?

Tem dias em que acorda sem vontade de sair da cama, e tudo parece cinzento?

Sente-se derrotada porque a receita e terapia não ajudaram — se calhar, eram apenas caminhos errados.

O seu filho(a) tem dificuldades de socialização, quase nenhuma autoconfiança para desenvolver um diálogo com outra pessoa.

Já não se lembra da última vez que se riu com gosto, ou que se sentiu alegre só por estar viva?

A sua criança tem estado a sentir-se mal quanto à experiência escolar e gostava de lhe proporcionar uma alternativa viável, mas não está a ver qual.

Vai ter de ir estudar/ trabalhar para o Porto ou Lisboa e adorava que alguém a ajudasse a resolver as mais importantes questões práticas no primeiro dia de chegada a essa nova realidade, onde não tem alguém de confiança com quem possa contar.

Sente que, com a idade, começou a ter vergonha de pedir ajuda — porque não quer incomodar ninguém?

Há meses que anda em sofrimento a ruminar determinada questão sem antever uma saída, por não conseguir ver com clareza nem pelo maior número possível de ângulos (para tomar uma decisão consciente e segura).

Não sabe como comunicar com o seu filho(a) algo muito importante e que há muito já gostaria de lhe ter dito — não por medo de começar, mas por não saber como deixar tudo às claras e sem causar problemas.

Foi-lhe diagnosticado um problema de saúde e vai ter que fazer um tratamento ou cirurgia que a assusta e não queria ter de passar por esses momentos sozinha.

Reconhece que o seu filho(a) precisa de ajuda, mas teme que lhe digam que ele(a) deve fazer terapia — e acha que ainda é cedo para isso, sem saber a quem recorrer.