Baixa autoconfiança

Quando olho para um aluno(a), vejo sempre nele(a) alguém capaz de grandes feitos. Creio que, talvez por isso, sem precisar de lhes dizer tal, alunos que possam ter estado invisíveis em salas de aula, decorrida uma década ou mais, passam a ser pessoas completamente diferentes.

Há quem não acredite, há quem pense que verdadeiras histórias de transformação seriam “muita fruta”, pelo menos para ocorrerem num curto período.

Pois bem, vou contar-lhe uma história:

Era uma vez um aluno do 11º ano que, no final de uma aula, veio – muito timidamente – fazer um pedido insólito à professora de Filosofia:

«Professora, podia pedir-lhe que, sempre que pudesse, fizesse mais desenhos no quadro daquilo que está explicar? Hoje, para além dos esquemas habituais, fez dois desenhos e eu percebi tudo. É que eu tenho dificuldades de aprendizagem...».

E se lhe disser que este aluno, até ao final do ano letivo, foi avaliado nos Conselhos de Turma como sendo um aluno a quem ninguém conseguia arrancar uma palavra, e que eu era a professora que dizia que ele não só participava nas aulas como era o aluno com as intervenções mais brilhantes?

Alguma vez lhe ocorreu que o seu filho(a) poderá estar a desenvolver um sentimento de baixa autoestima quando, na verdade, estava a "um passo" de se tornar brilhante?

É importante acreditar… para ver.

Pode ter (ou ser) um diamante… em bruto.

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